@MASTERSTHESIS{ 2018:652372796, title = {A formação de professores e o ensino de Biologia em salas com estudantes surdos}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6842", abstract = "A presença de estudantes com surdez passou a ser uma realidade nas escolas regulares, garantida por leis que buscam promover a inclusão em nosso país, sendo preciso um esforço dos membros da escola, para atender aos novos estudantes que apresentam necessidades especificas em sala, como a presença de intérpretes e a utilização de metodologias que favoreçam o ensino no campo visual, respeitando a LIBRAS como primeira língua.Buscou-se assim neste trabalho identificar as metodologias utilizadas por professores de biologia nas aulas de genética em salas que recebem estudantes surdos, avaliando sua adequação e pertinência. Utilizou-se como refencial teorico os autores Vygotsky e Paulo Freire, que defendem o aluno como sujeito no ensino e aprendizagem e enfatizam a importância da dialogicidade nesse contexto. O lócus de pesquisa foram cinco escolas da cidade de Manaus, e os participantes professores de Biologia, intérpretes e estudantes surdos que responderam questionários semi-estruturados e participaram de entrevistas. Verificou-se a existência de muitas lacunas na formação inicial dos professores, e também que suas formações não-formais podem influenciar em sua prática em sala. Em relação aos conteúdos de genética encontramos potencialidades na primeira lei de Mendel, e dificuldade relacionadas a segunda lei e a falta de sinais em LIBRAS correspondentes a termos científicos. O diálogo não acontece entre estudantes surdos e professores e é difícil entre intérpretes e professores, dentre outras coisas. Os participantes alegaram falta de tempo. As metodologias utilizadas em sala em sua maioria não provem a inclusão através do diálogo, mas encontrou-se professores diferenciados, que promovem atividades direcionadas aos estudantes surdos, como seminários, jogos e outras práticas em sala. De maneira geral, o atual quadro de ensino em salas que recebem estudantes surdos é problemático, em parte por responsabilidade dos professores, que não assumem essa diversidade da sala como um fator positivo e tendem a não trabalhar em conjunto com os intérpretes. Em parte, ao despreparo da própria escola como instituição que não oferece materias necessários aos profeesores e intérpretes, assim como uma estrutura ao próprio estudante surdo que muitas vezes não domina a LIBRAS e não encontra apoio da escola para sanar suas lacunas. Esses fatores associados criam um ambiente bem distinto do que se espera para a inclusão, mesmo assim apresentam-se aqui profissionais que estão tentando mudar essa realidade.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }