@MASTERSTHESIS{ 2019:1670750521, title = {O amazônida hinterlandino: uma análise discursiva}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7213", abstract = "Esta pesquisa foi desenvolvida a partir do interesse em conhecer como os homens e mulheres que vivem no interior da Amazônia aparecem em produções textuais, como formações discursivas próprias e também geradas em outros discursos, passados e presentes. Definiu-se assim, como objetivo geral da pesquisa, refletir sobre as representações e os efeitos de sentido da produção discursiva sobre o amazônida hinterlandino, na forma como ele aparece nos livros de Therezinha de Jesus Pinto Fraxe* e de Gláucio Campos Gomes de Matos*, ambos professores da Universidade Federal do Amazonas. O problema norteador da pesquisa foi sintetizado na seguinte questão: quais são as representações e efeitos de sentido que podem ser vislumbrados na produção discursiva de Therezinha Fraxe e Gláucio Campos, enquanto relatos de experiência sobre os amazônidas hinterlandinos? No que tange à metodologia empregada para o desenvolvimento da pesquisa, optou-se pelo emprego do método de abordagem baseado na Análise do Discurso de linha francesa, ancorando-se nos trabalhos teóricos de Moscovici (1988; 2003; 2009; 2013), Plantin (2008), Pêcheux (2009), Jodelet (2001; 2009), Orlandi (2013), Coracini (2007) e Jovchelovitch (2008), além de elementos implícitos de Antropologia Linguística como ramo do conhecimento que se interessa sobre como os homens vivem e o que sentem, bem como interpretam seu próprio saber e o saber-fazer. A análise dos discursos, implícitos ou explícitos nos livros de Therezinha Fraxe (2004) e Glaucio Campos (2015), desvela as marcas ou efeitos de sentido que essa produção discursiva atribui ao amazônida hinterlandino. A pesquisa permitiu concluir que as representações e os efeitos de sentido que podem ser vislumbrados na produção discursiva de Therezinha Fraxe e Gláucio Campos denotam as marcas de uma discursividade exógena, que permeia as falas dos amazônidas hinterlandinos, mas que também deixa antever a sua condição de entes capazes de produzir um contradiscurso, como formação discursiva original, a partir do encontro da memória social com novas possibilidades de ser e de pensar. A transcendência da temporalidade, por meio de uma conexão entre o vivido e o presente, transforma os discursos referenciados por formações discursivas exógenas, em outro modo de expressão, construído a partir da coexistência no mesmo lócus, através de dizeres que evidenciam as marcas de uma memória social continuamente atualizada, porém preservada em sua essência, na forma de efeitos de sentido de referencialidade, afirmatividade, resistência ao já dito ou autenticidade.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }