@MASTERSTHESIS{ 2019:1077061562, title = {Identidade Sateré-Mawé no contexto urbano: língua, sentido, e fronteiras da diferença}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7305", abstract = "O presente estudo tem como objetivo geral caracterizar a identidade indígena e revelar sentidos de ser um Sateré-Mawé, povo que foi inventor da cultura do guaraná e carrega forte significado no nome como “lagarta de fogo” e “papagaio falante”. Como objetivos específicos, buscou-se identificar, na linguagem, os sentidos que revelem a existência e a resistência do sujeito indígena, a concepção de valor de identidade por associação que evidenciem a consciência de si, como Sateré no contexto urbano e, ainda, revelar a sobreposição do discurso do não indígena sobre os indígenas. A origem de sua língua pertence ao tronco Tupi, mas seus 300 anos de contato com outras sociedades, além da migração da aldeia para a cidade trouxe mudanças sobre a forma de ser indígena no contexto urbano e fez com que este povo adquirisse dois idiomas, Sateré-Mawé e português. Os aportes teóricos estão construídos à luz da teoria da Análise do Discurso de linha francesa, (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 2010) e como concebem a língua, o sujeito, ideologia e sentido. Além disso, reflexões em torno de identidade e diferença (SILVA, 2014; HALL, 2014); conceitos-chave de etnia e etnicidade (BARTH, 1969; POUTIGNAT; STREIFF-FENART, 2011; BARTH, )bem como Ethos discursivo, por revelar imagem de si no discurso (MAINGUENEAU, 2015; MOTA, 2015, AMOSSY, 2018). Como corpus de análise foram feitas as coletas de dados por meio de entrevistas semiestruturadas, posteriormente as transcrições, com dois grupos distintos, os indígenas da etnia Saterés-Mawé em contexto urbano e os “não indígenas”, ambos moradores do Município de Maués. E segue-se com as análises dos elementos que compõem a identidade sateré, pelo próprio grupo no contexto urbano, atravessadas pelas considerações dos “não indígenas’, sobre os indígenas, que apontam a forma sujeito de ambos os grupos. Os resultados revelaram que a identidade Sateré-Mawé é construída socialmente, por meio dos discursos produzidos pelo próprio grupo e que são atestados por meio da linguagem simbólica, representacional e relacional, bem como os deslizes instaurados pelo discurso do ‘não indígena” sobre o indígena.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }