@PHDTHESIS{ 2019:1169515767, title = {Potencial antibacteriano dos óleos essenciais de Lippia sidoides, Ocimum gratissimum e Zingiber officinale frente Aeromonas hydrophila, patógeno de tambaqui (Colossoma macropomum)}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7424", abstract = "O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais (OEs) de Lippia sidoides, Ocimum gratissimum e Zingiber officinale in vitro e in vivo por meio de banhos terapêuticos e a suplementação na dieta de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) e seus efeitos sobre crescimento, parâmetros hematológicos, bioquímicos e histológicos após desafio com a bactéria Aeromonas hydrophila. No capítulo 1 foram realizados os testes in vitro frente 10 cepas de A. hydrophila isoladas de tambaquis, além de determinar sua composição química. Os principais compostos presentes nos OEs foram timol (76,6%), p-cimeno (6,3%) e β-cariofileno (5,0%) para L. sidoides, eugenol (43,3%), 1,8-cineole (28,2%) e β-selineno (5,5%) para O. gratissimum e geranial (23,2%), neral (16,7%) e 1,8-cineole (15,8%) para Z. officinale. Todos os OEs avaliados apresentaram ação bactericida frente 10 cepas de A. hydrophila, com concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) variando de 625 a 5.000 μg mL−1. Dentre os OEs avaliados, o OE de L. sidoides apresentou a melhor atividade antimicrobiana contra as cepas de A. hydrophila (CIM e CBM de 625 a 1.250 μg mL-1). No capítulo 2, juvenis de tambaqui foram experimentalmente infectados com A. hydrophila, e então submetidos a banhos terapêuticos de 60 minutos durante 5 dias consecutivos. Os tratamentos aplicados foram: 1) controle positivo (infectado com A. hydrophila e sem adição de OE), 2) controle negativo (infectado com A. hydrophila e adição de 10 mg L-1 de gentamicina), 3) 2,5 mg L-1 e 4) 5,0 mg L-1 do OE L. sidoides, 5) 5,0 mg L-1e 6) 10,0 mg L-1 do OE O. gratissimum, 7) 5,0 mg L-1 e 8) 10,0 mg L-1 do OE Z. officinale, cada um com três repetições, sendo a sobrevivência dos peixes registrada durante 10 dias. A maior taxa de sobrevivência de tambaquis foi alcançada pelo grupo tratado com 5,0 mg L-1 de OE O. gratissimum (89,5%), valores próximos aos obtidos no grupo controle negativo. Já com 5,0 mg L-1 do OE de L. sidoides a sobrevivência foi 75,0%, e para os demais tratamentos com OE os valores de sobrevivência foram próximos ou abaixo do registrado para o grupo controle positivo (70,8%). Na avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos foi observada redução nos valores de hematócrito, hemoglobina e número de eritrócitos em tambaquis expostos aos OE L. sidoides e Z. officinale em relação aos grupos controle, entretanto não houve alteração significativa nos valores de glicose plasmáticas, proteínas totais e das enzimas aminotransferases (aspartato e alanina aminotransferase) entre os tratamentos avaliados. Na análise histopatológica do tecido hepático de tambaquis infectados com A. hydrophila, após banhos com OE, foi observada a ocorrência de danos que variaram de leves a moderados. Os OE de O. gratissimum e L. sidoides, aplicados via banhos, promoveram melhor sobrevivência de tambaquis infectados com A. hydrophila, entretanto estratégias adicionais são necessárias para o uso destes óleos essenciais como antibacteriano. No capitulo 3 foi avaliado o efeito da inclusão de OEs de L. sidoides, O. gratissimum e Z. officinale na dieta de juvenis de tambaqui sobre os parâmetros de crescimento, hematológicos e imunológicos, bem como sua resistência frente a infecção induzida por A. hydrophila. Sete dietas foram elaboradas (32% de proteína bruta) contendo duas concentrações de cada óleo essencial avaliado, compondo os tratamentos: 1) 0 g kg-1 (controle); 2) 0,625 g kg-1 e 3) 1,25 g kg-1 de OE de L. sidoides; 4) 1,25 g kg-1 e 5) 5,0 g kg-1 de OE de O. gratissimum; 6) 1,25 g kg-1 e 7) 5,0 g kg-1 de OE de Z. officinale, com três repetições. Ao final de 30 e 60 dias de alimentação, os parâmetros de desempenho e algumas variáveis hematológicas não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (p<0,05), sendo observado somente redução de trombócitos totais ao final de 30 dias de alimentação com 1,25 g kg-1 e 5,0 g kg-1 de OE de O. gratissimum. Após o período de 60 dias, os juvenis de tambaqui foram desafiados com a bactéria A. hydrophila (1,6 x 108 UFC mL-1), sendo observados por 10 dias. A adição de 0,625 e 1,25 g kg-1 do OE de L. sidoides na dieta de tambaquis promoveu respostas de imunidade inespecífica através do aumento da atividade respiratória de leucócitos, após infecção induzida, com redução nos níveis de glicose plasmática, que sugere ação da insulina, e sem alteração nos níveis de proteínas totais. A sobrevivência de peixes infectados com A. hydrophila foi maior naqueles alimentados com 0,625 g kg-1 de OE de L. sidoides.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }