@MASTERSTHESIS{ 2018:976975783, title = {Potencial lipídico de jacarés da Amazônia como matéria-prima para nutracêuticos}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7484", abstract = "Os óleos de origem animal vêm sendo material de estudo quanto a utilidade destes na área farmacológica e nutricional, analisando as possíveis ações, efeitos e benefícios quanto a seu uso. Estes óleos são compostos por ácidos graxos e glicerol, sendo alguns destes chamados de essenciais, aqueles não produzidos pelo organismo, mas que devem ser ingeridos para que este mantenha seu bom funcionamento. Alguns destes, os chamados ômega 3 e ômega 6, possuem diversas ações no corpo, e são objeto de estudos de nutricionistas e profissionais da saúde devido às importantes funções por eles exercidas. Estes ácidos graxos podem ser encontrados por exemplo, em peixes, aves, e até répteis. Destes reptéis, os jacarés são abundantes na Região Amazônica, que se alimentam de outros peixes e moluscos e despertam interesse comercial devido à sua carne, couro e também, sua gordura. Estudos realizados com óleos de espécies animais indicam que estes podem ter ação antibacteriana, antifúngica, antioxidante e antiinflamatória, dando a eles relevância na área da saúde e também na área nutricional. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de óleo de jacaré-açu (Melanosuchus niger) quanto às ações mencionadas anteriormente, além de caracterizar o óleo no que diz respeito ao índice de acidez e de peróxidos durante 90 dias, em 3 ambientes diferentes (geladeira a 8ºC, ambiente a 25ºC, e estufa a 45ºC), bem como analisar via RMN e HPLC-APCI-MS a sua composição lipídica. Os testes de atividade antifúngica e antibacteriana foram feitos utilizando método de disco difusão em meio de cultura, utilizando respectivamente, cepa de Candida albicans e Staphyloccocus aureus. O teste de ação antioxidante foi realizado primeiro com teste de citotoxicidade pelo método Alamar Blue e ação de inibição de produção de ROS em fibroblastos MRC-5. O teste de ação anti-inflamatória foi realizado com teste de citotoxicidade pelo método MTT e ação de inibição de produção de NO em macrófagos. Os índices de acidez observados foram de valores de 6,4 mg KOH/g, considerados altos em comparação com resultados obtidos em outras pesquisas, e o de peróxidos também se apresentaram altos, 24,42 mEq/Kg no primeiro dia de teste, indicativo de degradação do óleo durante o transporte. O perfil lipídico observado nos testes indicou que o óleo era composto principalmente por ácido linoleico, linolênico, oleico, palmítico e esteárico, em diferentes combinações formando 16 tipos de triacilgliceróis e seus isômeros. O óleo não apresentou ação antioxidante, antifúngica, nem antibacteriana, porém a cepa para teste antibacteriano apresentou resistência frente a alguns antibióticos então suspeita-se que esta resistência possa ter influenciado no resultado obtido. Apesar do óleo não ter apresentado ação anti-inflamatória no teste realizado, outros autores apontam que o óleo de Melanosuchus niger possui de fato ação anti-inflamatória, porém por outra via de inflamação. Desta forma, os resultados obtidos neste teste, ao serem comparados com outros resultados de outras pesquisas, podem indicar que o óleo de jacaré-açu interfira com a ação da COX-2, daí seu potencial anti-inflamatório. Novos testes devem ser realizados, no que diz respeito ao potencial anti-inflamatório, em modelos in vivo para melhor elucidação do mecanismo de ação deste material, o que pode abrir portas para criação de novos produtos.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Faculdade de Ciências Farmacêuticas} }