@PHDTHESIS{ 2019:1653130239, title = {“Atividade inibitória de substâncias isoladas a partir de plantas da floresta amazônica frente aos agentes da criptococose”}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7506", abstract = "A busca por novas drogas se constitue num dos principais desafios frente a criptococose. Essa grave doença possui terapêutica limitada ao uso da anfotericina B e fluconazol, substâncias descritas como apresentando limitações quanto a sua toxicidade, resistencia microbiana e falha clínica. Nesse sentido, o screening de novas substâncias faz-se necessário. A presente tese possui 3 capítulos: Para compor o capítulo criptococose no Amazonas (Capítulo 1) foi realizado um levantamento bibliográfico confrontando a literatura atual e os trabalhos produzidos em nossa região. Para o screening de novas substâncias (Capítulo 2) foi realizada a determinação da atividade antifúngica de 15 substâncias (isoladas de plantas e semi-sintéticas) por meio da metodologia descrita pelo Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI (documento M-27 A3) frente a Cryptococcus neoformans VNI e C. gattii VGII. Por fim, no Capítulo 3 foi investigado o mecanismo de ação antifúngico e a citotoxicidade das substâncias desdro-iso-α-lapachona (NAF2) e 8 nitroharmano (AHON1), para tanto foi investigado o mecanismo de ação na parede celular (ensaios com sorbitol), no ergosterol de membrana (ensaios com ergosterol exógeno) e no extravasamento celular (dosagem de substâncias que absorvem a 260 nm). A citotoxicidade dessas substâncias foi avaliada frente a linhagem MRC-5 de fibroblastos humanos em ensaio de dose-resposta. Quantos aos resultados o Capítulo 1, observou-se que criptococose no estado do Amazonas é uma doença de acomete em média 25 pessoas anualmente sendo essas principalmente homens (73%), jovens (39,2±12,3, 19-68 %), portadores de HIV (70-85%). A região também apresenta em torno de 3 casos/ano de criptococose em paciente sem imunocomprometimento aparente, incluindo 1-2 casos de crianças. As principais formas clínicas da doença na região são a neurocriptococose (96%) e fungemia (42%). Quanto ao diagnóstico laboratorial, a Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado, centro de referência em infectologia da região norte, centraliza a maior parte dos diagnósticos. Os exames direto e cultura de líquor cefalorraquidiano são a forma mais comum de diagnóstico. Mais recentemente, a pesquisa com Cryptococcal Antigen Lateral Flow Assay (CrAg LFA) em amostras de sangue tem sido utilizada e destaca-se por sua sensibilidade e velocidade de execução, principalmente útil quando o paciente apresenta baixa carga fúngica (estágios iniciais da doença). Quanto aos agentes, os genótipos do complexo Cryptococcus neoformans são principais agentes causadores (86%), sendo que, os principais genótipos causadores na região são VNI (86%) e VGII (14%) e o principal MLST é ST93 (86%). Quanto aos resultados screening (Capítulo 2), dentre as 15 substâncias testadas (04 isoladas de plantas e 11 obtidas de semi-síntese) duas substâncias apresentaram atividade antifúngica destacada NAF2 e AHON1. NAF2 apresentou concentração inibitória mínima (CIM) de 80 μg/mL frente C. neoformans VNI e de 160 μg/mL frente a C. gattii. AHON1 apresentou CIM de 40 μg/mL frente C. neoformans VNI e C. gattii VGII. Quanto aos resultados de mecanismo de ação e citotoxicidade (Capítulo 3), observou-se que a presença do sorbitol (ensaio de parede celular) não interferiu na CIM das substâncias NAF2 e AHON1. De forma similar, observou-se que presença do ergosterol (ensaio do ergosterol de membrana), não interferiu na CIM das mesmas. No entanto, ambas causaram extravasamento de substâncias que absorvem a 260 nm (ensaio de extravasamento). No ensaio de citotoxicidade frente a fibroblastos humanos normais (MRC-5) observou-se que, AHON1 e NAF2 possuíram IC50 > 50 μg/mL. Palavras chaves - Criptococose, Drogas, Mecanismo de Ação, Sensibilidade Antifúngica", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE}, note = {Rede Bionorte} }