@PHDTHESIS{ 2020:2075401266, title = {Escola não é empresa: a pseudoqualidade da GIDE nas escolas de Manaus}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7838", abstract = "Esta tese objetiva analisar a lógica empresarial na administração da Educação Básica do Município de Manaus denominada Gestão Integrada da Escola - GIDE e a enunciada qualidade educacional no período de 2014 a 2018, balizada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. Para tanto, utiliza como teoria estruturante o método materialista histórico-dialético, método radical (porque busca a raiz das relações sociais), pautado pelo entendimento que o homem é um ser histórico que age de maneira objetiva, na interação com a natureza e com os demais homens, tal ação pode culminar, segundo Sánchez Vázquez (2007), em uma práxis fetichizada, petrificada, reificada que mantém a realidade tal como está, ou em uma práxis crítica revolucionária da realidade, que contribua para emancipação, transformação qualitativa da sociedade. Fundamenta-se em autores clássicos e contemporâneos tanto da tradição marxista, como empresarial tais como: Marx (2010; 2011; 2013); Enguita (1989; 1993) Gounet (1999); Saviani (1988; 2008; 2012; 2013); Frigotto (1993; 1996; 2002); Taylor (1995); Ford (1926); Ohno (1997); Ishikawa (1986); Deming (1990); Oliveira (2000; 2007; 2009); Mourão (2006; 2009); Pereira (2013); Scherer (2005); Valle (2007) dentre outros autores. A pesquisa tem como lócus a Secretaria Municipal de Educação - SEMED/Manaus baseia-se em análise documental, questionários e entrevistas semiestruturadas. A análise situa a GIDE em seus fundamentos empresariais e evidencia que o homem para a administração fabril é principalmente um instrumento de produção de mais-valor, o que precariza o trabalho humano. Destaca que as estratégias administrativas ao deslocarem-se do âmbito fabril entram em concorrência por sua validação na instituição escolar, inserindo nestas as concepções restritas de qualidade. Demonstra que atores políticos e financeiros inserem a Empresa Instituto Áquila, com seu produto GIDE, no espaço público municipal e integra o ensino público com a lógica de mercado, o que impacta na cultura educacional local de maneira arbitrária, gera endividamento do setor público, causa estranhamento dos profissionais que atuam nas escolas, e culmina na utilização de práticas antiéticas fomentadas pelas estratégias empresariais e de ranking de resultados escolares. Conclui que, por meio da GIDE com seus elementos rígidos de monitoramento do trabalho escolar a Rede Municipal de Ensino colabora para o preparo da barata mão de obra, “certificada” e facilmente substituível do Polo Industrial de Manaus. Deste modo, a pesquisa não esgota a questão e contribui para o enfrentamento dos desafios amazônicos com a tese de que escola não é empresa. Destaca que a prática empresarial levada a efeito por meio da GIDE replicada nas escolas de Manaus produz uma pseudoqualidade do ensino e, ainda, demonstra que, em perdurando por longo prazo, resultará na desqualificação do trabalho escolar e da própria escola.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação} }