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???metadata.dc.type???: Tese
Title: Etnoarquitetura Ambiental Amazônica: habitação e transporte, uma sustentabilidade dos povos e do viver amazônico
???metadata.dc.creator???: Sena, Gislany Mendonça de 
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Fraxe, Therezinha de Jesus Pinto
???metadata.dc.contributor.referee1???: Norte Filho, Antônio Ferreira do
???metadata.dc.contributor.referee2???: Santiago, Jozane Lima
???metadata.dc.contributor.referee3???: Lima, Marcos Castro de
???metadata.dc.contributor.referee4???: Rezende, Marília Gabriela Godin
???metadata.dc.contributor.referee5???: Silva, Carlos Augusto da
???metadata.dc.description.resumo???: Este estudo investiga a etnoarquitetura das comunidades ribeirinhas amazônicas, com foco nas práticas construtivas, nos significados simbólicos das habitações e nos meios de transporte fluvial, bem como nas suas relações com os contextos natural e cultural. A pesquisa se desenvolve na comunidade Nossa Senhora das Graças, no município de Manacapuru-AM, e parte da premissa de que as práticas arquitetônicas ribeirinhas integram elementos materiais e simbólicos, constituindo-se como expressões da identidade cultural e da adaptação ao ambiente. A etnoarquitetura é aqui abordada como um campo interdisciplinar que articula arquitetura, antropologia e ecologia, possibilitando a análise da forma como os saberes tradicionais moldam o espaço construído em resposta às dinâmicas ambientais da Amazônia. A pesquisa destaca a influência dos ciclos hidrológicos sobre as soluções habitacionais e de mobilidade, revelando como o conhecimento empírico acumulado ao longo de gerações orienta a construção de palafitas e embarcações adaptadas às variações sazonais dos rios. A metodologia adotada integrou revisão bibliográfica, entrevistas semiestruturadas, observação participante, visitas in loco e registros fotográficos. Essa abordagem qualitativa permitiu a imersão na realidade local, proporcionando uma compreensão aprofundada das técnicas construtivas, dos materiais utilizados e da simbologia presente nas habitações e embarcações ribeirinhas. Os resultados revelam que a arquitetura ribeirinha não se restringe à funcionalidade: ela reflete uma lógica ambientalmente adaptativa e culturalmente significativa. As palafitas, por exemplo, representam uma resposta resiliente às cheias sazonais e traduzem um saber ambiental intergeracional. Da mesma forma, as embarcações artesanais desempenham papel central na mobilidade e na economia local. Entretanto, observa-se a substituição progressiva da madeira por materiais industrializados, como o alumínio nas embarcações e a alvenaria em áreas específicas das casas, especialmente banheiros. Essas alterações impactam a transmissão dos conhecimentos tradicionais e impõem novos desafios à sustentabilidade das práticas locais, mesmo quando visam melhorar o conforto ou o saneamento básico. Conclui-se que a etnoarquitetura ribeirinha constitui um patrimônio imaterial de grande relevância, cuja preservação depende do reconhecimento institucional e do fortalecimento de políticas públicas voltadas à valorização dos saberes tradicionais. A integração entre práticas ancestrais e inovações tecnológicas, quando conduzida com respeito à autonomia das comunidades, pode representar um caminho sustentável para o futuro das populações amazônicas. Assim, esta tese contribui para a valorização da etnoarquitetura como instrumento de resistência cultural, de adaptação ambiental e de inspiração para o planejamento territorial em regiões de alta vulnerabilidade climática, reforçando a necessidade de ações interdisciplinares que articulem tradição, inovação e justiça socioambiental.
Abstract: This study investigates the ethnoarchitecture of Amazonian riverside communities, focusing on building practices, the symbolic meanings embedded in housing and river transport, and their relationships with the natural and cultural environment. The research was conducted in the Nossa Senhora das Graças community, located in the municipality of Manacapuru, Amazonas, and is grounded in the premise that riverside architectural practices combine material and symbolic elements, serving as expressions of cultural identity and environmental adaptation. Ethnoarchitecture is approached here as an interdisciplinary field that bridges architecture, anthropology, and ecology, enabling the analysis of how traditional knowledge shapes built environments in response to the Amazon’s dynamic environmental conditions. The study highlights the influence of hydrological cycles on housing and mobility solutions, showing how empirical knowledge accumulated over generations guides the construction of stilt houses (palafitas) and handcrafted boats adapted to seasonal river changes.The methodology combined bibliographic review, semi-structured interviews, participant observation, field visits, and photographic records. This qualitative approach allowed for deep engagement with the local context and a comprehensive understanding of construction techniques, material use, and the symbolic dimensions of riverside architecture and watercraft.Findings reveal that riverside architecture extends beyond functional concerns, expressing cultural resilience and environmental intelligence. Stilt houses, for instance, represent adaptive responses to seasonal floods and embody intergenerational environmental knowledge. Similarly, handcrafted wooden boats play a central role in community mobility and local economies. However, a progressive shift from wood to industrial materials has been observed — aluminum in boats and masonry in specific areas of homes, such as bathrooms. While these changes aim to improve comfort or sanitation, they also disrupt traditional knowledge transmission and challenge the sustainability of local practices.The study concludes that riverside ethnoarchitecture is a valuable intangible heritage, whose preservation depends on institutional recognition and public policies that support traditional knowledge systems. The integration of ancestral practices with modern technologies, when guided by community autonomy and cultural respect, may provide sustainable pathways for the future of Amazonian populations.Thus, this thesis contributes to the recognition of ethnoarchitecture as a form of cultural resistance, environmental adaptation, and inspiration for territorial planning in regions facing climate vulnerability. It underscores the importance of interdisciplinary actions that unite tradition, innovation, and socio-environmental justice.
Keywords: Assentamentos ribeirinhos - Pesquisa
???metadata.dc.subject.cnpq???: OUTROS
???metadata.dc.subject.user???: Saber Tradicional
Patrimônio Imaterial
Adaptação Ambiental
Etnoarquitetura.
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Federal do Amazonas
???metadata.dc.publisher.initials???: UFAM
???metadata.dc.publisher.department???: Centro de Ciências do Ambiente
???metadata.dc.publisher.program???: Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Citation: SENA, Gislany Mendonça de. Etnoarquitetura Ambiental Amazônica: habitação e transporte, uma sustentabilidade dos povos e do viver amazônico. 2025. 115 f. Tese (Doutorado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2025.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
???metadata.dc.rights.uri???: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10926
Issue Date: 4-Apr-2025
Appears in Collections:Doutorado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia

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