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https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11037
???metadata.dc.type???: | Dissertação |
Title: | Voçoroca do conjunto habitacional São Sebastião – Rio Preto da Eva: dinâmica evolutiva |
???metadata.dc.creator???: | Lima, Carla Maria Rodrigues de ![]() |
???metadata.dc.contributor.advisor1???: | Vieira, Antonio Fábio Sabbá Guimarães |
???metadata.dc.contributor.referee1???: | Oliveira, Marcelo Accioly Teixeira de |
???metadata.dc.contributor.referee2???: | Molinari, Deivison Carvalho |
???metadata.dc.description.resumo???: | A erosão do solo, intensificada quando a chuva incide sobre encostas desmatadas, tornou-se uma ameaça constante nas franjas urbanas da Amazônia Central. No Conjunto Habitacional São Sebastião, em Rio Preto da Eva (AM), essa pressão deu origem a uma voçoroca — uma incisão profunda e em rápida expansão — que serve de estudo de caso para compreender como relevo, solo, água e uso antrópico interagem e agravam a degradação ambiental. A pesquisa busca suprir duas lacunas: a falta de séries de monitoramento multianuais de feições erosivas em ambientes tropicais úmidos e a escassa quantificação de seus custos ambientais e econômicos. O objetivo central foi acompanhar a evolução morfológica da voçoroca entre 2011 e 2024, identificar os fatores que condicionam seu avanço e estimar as repercussões físicas e patrimoniais da erosão. A metodologia combinou técnicas geomáticas, laboratório de solos e informação socioeconômica. Seis levantamentos com veículo aéreo não tripulado (VANT) geraram ortomosaicos e modelos digitais do terreno que permitiram medir área, volume e avanço linear da incisão. No laboratório foram analisadas amostras de solo colhidas em dez profundidades da parede da voçoroca, textura, densidade, porosidade, infiltração e resistência à penetração e sedimentos depositados no igarapé Agripino. Dados diários de precipitação (CHIRPS) foram correlacionados às etapas de crescimento, e entrevistas com moradores subsidiaram o cálculo de danos patrimoniais. Todo o conjunto foi interpretado à luz da teoria sistêmica, que considera as retroalimentações entre subsistemas geomorfológicos, hidrológicos, pedológicos e humanos. Os resultados mostram progresso ininterrupto da feição. A área saltou de 3.611 m² em 2019 para 4.910 m² em 2024; o volume erodido, de 64.600 m³ para 103.600 m³. O avanço linear acumulado na cabeceira atingiu 31 m, com pico de 8,5 m no biênio 2020-2021, período de chuvas intensas. Camadas superficiais (0–6 m) apresentam teor de argila >55 % e porosidade >40 %, facilitando desagregação pelo impacto das gotas e selamento superficial. Abaixo de 10 m, o perfil torna-se franco-arenoso, mais denso e menos poroso, predispondo o solo a quedas em bloco e a escoamento subsuperficial. No leito do igarapé, a Área de Deposição Antiga reúne 72 % de areia em média, indicando retrabalhamento hidráulico, enquanto a Área de Deposição Recente preserva frações mais finas, refletindo deposição recente e pouco retrabalhada. Os impactos são evidentes: assoreamento do curso d’água, represamento, morte de árvores ribeirinhas e perda de lotes edificáveis. A estimativa de dano patrimonial por perda de área ultrapassa R$ 113 mil. Já o custo projetado para estabilização completa da incisão supera R$ 1,7 milhão, revelando que adiar ações corretivas onera cada vez mais o poder público e a comunidade. A progressão média anual de 0,5–1 m na cabeceira traduz-se não só em solo perdido, mas também em riscos à segurança habitacional e em agravamento da qualidade da água a jusante. Conclui-se que a voçoroca resulta da convergência entre relevo íngreme, litologia friável (arenitos Alter do Chão) e práticas urbanas que concentram escoamento — terraplanagem, redes pluviais mal desenhadas e remoção da mata secundária. A leitura sistêmica adotada permitiu traduzir o ritmo de degradação em métricas ambientais e financeiras tangíveis e evidencia a necessidade de integrar obras de engenharia (dissipadores de energia, revegetação, drenagem adequada) a normas de ocupação que respeitem as limitações do terreno. Somente com planejamento urbano preventivo e gestão ambiental proativa será possível conter a expansão da voçoroca e mitigar seus impactos socioambientais |
Abstract: | Soil erosion, intensified when rain falls on deforested slopes, has become a constant threat on the urban fringes of Central Amazonia. In the São Sebastião Housing Complex, in Rio Preto da Eva (AM), this pressure gave rise to a gully — a deep and rapidly expanding incision — which serves as a case study to understand how topography, soil, water, and human use interact and exacerbate environmental degradation. The research aims to address two gaps: the lack of multi-year monitoring series of erosive features in humid tropical environments, and the limited quantification of their environmental and economic costs. The main objective was to monitor the morphological evolution of the gully between 2011 and 2024, identify the factors driving its advancement, and estimate the physical and financial repercussions of the erosion.The methodology combined geomatic techniques, soil laboratory analysis, and socioeconomic information. Six surveys using unmanned aerial vehicles (UAVs) generated orthomosaics and digital terrain models that enabled measurement of area, volume, and linear progression of the incision. In the lab, soil samples collected from ten depths along the gully wall were analyzed for texture, density, porosity, infiltration, and penetration resistance, along with sediments deposited in the Agripino stream. Daily precipitation data (CHIRPS) were correlated with growth phases, and interviews with residents supported the estimation of property damage. All results were interpreted through a systemic theory lens, which considers feedback loops between geomorphological, hydrological, pedological, and human subsystems. The results show uninterrupted progression of the feature. The area increased from 3,611 m² in 2019 to 4,910 m² in 2024; the eroded volume grew from 64,600 m³ to 103,600 m³. The cumulative linear advance at the head reached 31 meters, peaking at 8.5 meters during the 2020–2021 biennium, a period of intense rainfall. Surface layers (0–6 m) showed clay content >55% and porosity >40%, facilitating disaggregation by raindrop impact and surface sealing. Below 10 meters, the profile becomes sandy-loam, denser and less porous, predisposing the soil to block falls and subsurface flow. In the streambed, the Old Deposition Area contains an average of 72% sand, indicating hydraulic reworking, while the Recent Deposition Area retains finer fractions, reflecting recent and minimally reworked deposition. The impacts are evident: stream sedimentation, damming, death of riparian trees, and loss of buildable lots. The estimated property damage from land loss exceeds R$113,000. The projected cost for complete stabilization of the incision surpasses R$1.7 million, revealing that delaying corrective actions increasingly burdens public authorities and the community. The average annual progression of 0.5–1 meter at the head translates not only into lost soil, but also into risks to housing security and deteriorating downstream water quality. It is concluded that the gully results from the convergence of steep topography, friable lithology (Alter do Chão sandstones), and urban practices that concentrate runoff — earthworks, poorly designed stormwater networks, and removal of secondary forest. The adopted systemic approach allowed the pace of degradation to be translated into tangible environmental and financial metrics, highlighting the need to integrate engineering works (energy dissipators, revegetation, proper drainage) with land use regulations that respect terrain limitations. Only with preventive urban planning and proactive environmental management will it be possible to contain the gully's expansion and mitigate its socio-environmental impacts. |
Keywords: | Voçorocas - Amazônia Solos - Erosão |
???metadata.dc.subject.cnpq???: | CIENCIAS HUMANAS: GEOGRAFIA |
???metadata.dc.subject.user???: | Erosão do solo Voçoroca Dinâmica evolutiva Granulometria Impactos ambientais |
Language: | por |
???metadata.dc.publisher.country???: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal do Amazonas |
???metadata.dc.publisher.initials???: | UFAM |
???metadata.dc.publisher.department???: | Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais |
???metadata.dc.publisher.program???: | Programa de Pós-graduação em Geografia |
Citation: | LIMA, Carla Maria Rodrigues de. Voçoroca do conjunto habitacional São Sebastião – Rio Preto da Eva: dinâmica evolutiva. 2025. 104 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2025. |
???metadata.dc.rights???: | Acesso Aberto |
???metadata.dc.rights.uri???: | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ |
URI: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11037 |
Issue Date: | 6-Jun-2025 |
Appears in Collections: | Mestrado em Geografia |
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