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???metadata.dc.type???: Dissertação
Title: Excesso de peso entre indígenas das etnias Mura e Munduruku do Amazonas
Other Titles: Overweight between indigenous of the Mura and Munduruku ethnicities of the Amazon
Sobrepeso entre indígenas de las etnias Mura y Munduruku de la Amazonía
???metadata.dc.creator???: Pereira, Mirelly Tavares Feitosa 
???metadata.dc.contributor.advisor1???: Souza Filho, Zilmar Augusto de
First advisor-co: Toledo, Noeli das Neves
???metadata.dc.contributor.referee1???: Medeiros, Horácio Pires
???metadata.dc.contributor.referee2???: Almeida, Gilsirene Scantelbury de
???metadata.dc.description.resumo???: Introdução: Sobrepeso e obesidade são agravos em saúde que condicionam o desenvolvimento das chamadas doenças cardiovasculares (DCVs), responsáveis por quase um terço das mortes no Brasil e é a primeira causa de mortalidade. Tais fatores de risco cardiovascular (FRCs) são frequentemente encontrados entre os indígenas, em decorrência do processo de urbanização e estilo de vida. Objetivo: Avaliar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e suas associações em relação ao excesso de peso entre duas etnias indígenas do Amazonas. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal, realizado a partir da junção de dois macroprojetos de pesquisa, sendo um com a etnia Mura, do município de Autazes-AM e outro com a etnia Munduruku, de Borba-AM. Os dados foram coletados, respectivamente, em 2016 e 2018. Os bancos de dados resultaram em uma amostra de 914 indígenas (Mura: n=455; Munduruku n=459). Os participantes foram caracterizados por variáveis sociodemográficas relacionadas a etnia, sexo, idade, escolaridade, estado civil, renda familiar e classe econômica. Quanto aos parâmetros antropométricos, foram mensuradas as circunferências do pescoço, cintura, quadril e calculadas a relação cintura quadril, índice de conicidade e índice de massa corporal. A partir da bioimpedância avaliou-se o percentual de gordura corporal e gordura visceral. A avaliação do perfil lipídico considerou o colesterol total e triglicerídeo. As mensurações dos níveis pressóricos atenderam as recomendações da VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão e a classificação da glicemia capilar e das Diretrizes Brasileiras de Diabetes. Para avaliar o estilo de vida, utilizou-se o “Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ e para análise do consumo de álcool, o “Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool – AUDIT”. As análises de dados lançaram mão de um banco de dados no programa Excel e do software R 3.5.1 (R Core Team, 2018). As variáveis categóricas foram apresentadas em tabelas, contendo frequências absolutas (n) e relativas (%), as variáveis contínuas em média e o desvio padrão. Para as análises bivariadas, foi utilizado o teste t-Student e as categóricas com o teste de qui-quadrado de Pearson. Foram calculadas também as prevalências do excesso de peso e obesidade e associação de fatores de risco cardiovascular de cada etnia para as categorias de cada variável independente. Foi utilizado Odds Ratio (OR) ou Razão de Chances brutas e ajustadas de todas as variáveis, com o intervalo de confiança de 95% e o valor de p≤0,05. Os projetos de pesquisa foram devidamente aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Manaus – EEM/UFAM e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP, respeitando todas as prerrogativas da Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012. Resultados: O excesso de peso entre as duas etnias foi de 54,5%, sendo que 54,8% dos indígenas Munduruku apresentaram sobrepeso e 63,3% dos Mura eram obesos. Quanto às características sociodemográficas destacam-se os Munduruku, onde 57,7% eram do sexo masculino e entre os Mura, 57,2% do sexo feminino; faixa etária de 19 a 39 anos (54,2%); baixa escolarização em ambas as etnias, para os Mura (55%), onde a maioria pertenciam à classe D-E (85,5%). Em relação as prevalências de fatores de risco cardiovascular, destacam-se a pré-hipertensão em 11,4% dos indígenas, hipertensão (17,1%), pré-diabetes (37,7%), diabetes (7,8%), hipertrigliceridemia (39,8%) e hipercolesterolemia (29,3%). Quanto aos hábitos e estilo de vida, 11,2% eram sedentários, 4,7% classificados como provável dependente ao uso de bebida alcoólica. Os fatores associados ao sobrepeso foram da etnia Munduruku (OR = 0,75; IC95% 0,57-0,99); Faixa etária de 50 a 59 anos (OR = 29,90; IC95% 6,10-540,78); possui nível superior completo (OR = 2,17; IC95% 1,23-3,86); Ter companheiro (a) - amasiado (a) (OR = 1,65; IC95% 1,12-2,46), casado (a) (OR = 2,48; IC95% 1,69-3,69). Entre as variáveis antropométricas associou-se: circunferência do pescoço aumentada (OR = 4,68; IC95% 3,26-6,85); relação cintura quadril aumentada (OR = 2,24; IC95% 1,66-3,04), índice de conicidade aumentado (OR = 1,68; IC95% 1,25-2,26); Percentual de músculo esquelético (OR = 0,98; IC95% 0,96-0,99); Gordura visceral alto (OR = 5,12; IC95% 3,69-7,15). Entre as condições clínicas avaliadas associaram-se ao sobrepeso: hipertrigliceridemia (OR = 1,87; IC95% 1,42-2,46), pré-diabetes (OR = 1,38; IC95% 1,04-1,85) e diabetes (OR = 2,17; IC95% 1,31-3,60) e provável dependência de bebida alcoólica (OR = 0,41; IC95% 0,18-0,88). Já os fatores associados à obesidade destacaram-se a etnia Mura (OR = 1,98; IC95% 1,42-2,79); sexo masculino (OR = 0,49; IC95% 0,35-0,68); ter ≥60 anos de idade (OR = 6,42; IC95% 1,81-40,88); possuir ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto (OR = 0,42; IC95% 0,22-0,74); estado civil – casado (a) (OR = 2,09; IC95% 1,28-3,50). As variáveis antropométricas associadas à obesidade foram relação cintura quadril aumentada (OR = 18,53; IC95% 9,24-44,12); índice de conicidade aumentada (OR = 10,96; IC95% 6,12-21,74); percentual de músculo esquelético (OR = 0,85; IC95% 0,82-0,88); gordura visceral muito alto (OR = 37,33; IC95% 19,54-76,77). Ter hipertensão estágio 2 (OR = 9,38; IC95% 4,42-20,14); hipertrigliceridemia (OR = 3,13; IC95% 2,24-4,42); hipercolesterolemia (OR = 2,07; IC95% 1,47-2,91); pré-diabetes (OR = 0,63; IC95% 0,43-0,90), sedentarismo (OR = 2,10; IC95% 1,11-4,03). Conclusão: Os fatores de risco cardiovasculares entre os indígenas pesquisados mostraram-se elevados em relação ao excesso de peso. Os Munduruku apresentaram maior prevalência de sobrepeso e os Mura, elevada prevalência de obesidade, apresentando dez vezes maior chance de desenvolverem mais fatores de risco cardiovascular. Assim, é relevante destacar que os povos indígenas da região norte do Brasil apresentam novos perfis de morbidades, tendo as DCNT como realidade prevalente.
Abstract: Introduction: Overweight and obesity are health problems that condition the development of so-called cardiovascular diseases (CVDs), responsible for almost a third of deaths in Brazil and is the leading cause of mortality. Such cardiovascular risk factors (CRFs) are frequently found among indigenous people, as a result of the urbanization process and lifestyle. Objective: To assess the prevalence of cardiovascular risk factors and their associations with overweight among two indigenous ethnic groups in the Amazon. Methods: This is an epidemiological and cross-sectional study, carried out from the combination of two research macroprojects, one with the Mura ethnic group, from the municipality of Autazes-AM and the other with the Munduruku ethnic group, from Borba-AM. Data were collected, respectively, in 2016 and 2018. The databases resulted in a sample of 914 indigenous people (Mura: n=455; Munduruku n=459). Participants were characterized by sociodemographic variables related to ethnicity, sex, age, education, marital status, family income and economic class. As for the anthropometric parameters, neck, waist and hip circumferences were measured and the waist-to-hip ratio, conicity index and body mass index were calculated. Based on bioimpedance, the percentage of body fat and visceral fat was evaluated. The assessment of the lipid profile considered total cholesterol and triglycerides. Measurements of blood pressure levels met the recommendations of the VII Brazilian Guidelines on Hypertension and the classification of capillary blood glucose and the Brazilian Guidelines on Diabetes. To assess the lifestyle, the “International Physical Activity Questionnaire – IPAQ was used and to analyze alcohol consumption, the “Test for Identification of Problems Related to Alcohol Use – AUDIT”. Data analyzes made use of a database in the Excel program and the R 3.5.1 software (R Core Team, 2018). Categorical variables were presented in tables, containing absolute (n) and relative (%) frequencies, continuous variables in mean and standard deviation. For bivariate analyses, Student's t-test was used and Pearson's chi-square test was used for categorical analyses. The prevalence of overweight and obesity and the association of cardiovascular risk factors for each ethnicity were also calculated for the categories of each independent variable. The crude and adjusted Odds Ratio (OR) or Odds Ratio of all variables was used, with a 95% confidence interval and p≤0.05. The research projects were duly approved by the Research Ethics Committee of the Manaus School of Nursing – EEM/UFAM and by the National Research Ethics Committee – CONEP, respecting all the prerogatives of the Resolution of the National Health Council nº 466/2012. Results: Excess weight between the two ethnic groups was 54.5%, with 54.8% of the Munduruku indigenous being overweight and 63.3% of the Mura being obese. As for sociodemographic characteristics, the Munduruku stand out, where 57.7% were male and among the Mura, 57.2% were female; age range from 19 to 39 years old (54.2%); low schooling in both ethnic groups, for the Mura (55%), where the majority belonged to class D-E (85.5%). Regarding the prevalence of cardiovascular risk factors, pre-hypertension stands out in 11.4% of the indigenous people, hypertension (17.1%), pre-diabetes (37.7%), diabetes (7.8%) , hypertriglyceridemia (39.8%) and hypercholesterolemia (29.3%). As for habits and lifestyle, 11.2% were sedentary, 4.7% classified as likely dependent on the use of alcoholic beverages. Factors associated with overweight were Munduruku ethnicity (OR = 0.75; 95%CI 0.57-0.99); Age range from 50 to 59 years (OR = 29.90; 95%CI 6.10-540.78); has completed higher education (OR = 2.17; 95%CI 1.23-3.86); Having a partner - living together (OR = 1.65; 95%CI 1.12-2.46), married (OR = 2.48; 95%CI 1.69-3.69). Among the anthropometric variables, the following were associated: increased neck circumference (OR = 4.68; 95%CI 3.26-6.85); increased waist-to-hip ratio (OR = 2.24; 95%CI 1.66-3.04), increased conicity index (OR = 1.68; 95%CI 1.25-2.26); Percentage of skeletal muscle (OR = 0.98; 95%CI 0.96-0.99); High visceral fat (OR = 5.12; 95%CI 3.69-7.15). Among the clinical conditions evaluated, the following were associated with overweight: hypertriglyceridemia (OR = 1.87; 95%CI 1.42-2.46), pre-diabetes (OR = 1.38; 95%CI 1.04-1.85) and diabetes (OR = 2.17; 95%CI 1.31-3.60) and probable alcohol dependence (OR = 0.41; 95%CI 0.18-0.88). As for the factors associated with obesity, the Mura ethnicity stood out (OR = 1.98; 95%CI 1.42-2.79); male gender (OR = 0.49; 95%CI 0.35-0.68); being ≥60 years old (OR = 6.42; 95%CI 1.81-40.88); having completed primary education or incomplete secondary education (OR = 0.42; 95%CI 0.22-0.74); marital status – married (OR = 2.09; 95%CI 1.28-3.50). Anthropometric variables associated with obesity were increased waist-to-hip ratio (OR = 18.53; 95%CI 9.24-44.12); increased conicity index (OR = 10.96; 95%CI 6.12-21.74); percentage of skeletal muscle (OR = 0.85; 95%CI 0.82-0.88); very high visceral fat (OR = 37.33; 95%CI 19.54-76.77). Having stage 2 hypertension (OR = 9.38; 95%CI 4.42-20.14); hypertriglyceridemia (OR = 3.13; 95%CI 2.24-4.42); hypercholesterolemia (OR = 2.07; 95% CI 1.47-2.91); pre-diabetes (OR = 0.63; 95%CI 0.43-0.90), physical inactivity (OR = 2.10; 95%CI 1.11-4.03). Conclusion: Cardiovascular risk factors among the surveyed indigenous people were high in relation to excess weight. The Munduruku showed a higher prevalence of overweight and the Mura, a high prevalence of obesity, with a tenfold greater chance of developing more cardiovascular risk factors. Thus, it is important to highlight that the indigenous peoples of the northern region of Brazil present new profiles of morbidities, with NCDs as a prevalent reality.
Keywords: Distúrbios do metabolismo
Distúrbios da nutrição
Obesidade - Avaliação de riscos de saúde
???metadata.dc.subject.cnpq???: CIENCIAS DA SAUDE: ENFERMAGEM: ENFERMAGEM DE SAUDE PUBLICA
???metadata.dc.subject.user???: Fatores de Risco Cardiovascular
População Indígena
Sobrepeso
Obesidade
Language: por
???metadata.dc.publisher.country???: Brasil
Publisher: Universidade Federal do Amazonas
???metadata.dc.publisher.initials???: UFAM
???metadata.dc.publisher.department???: Faculdade de Enfermagem
???metadata.dc.publisher.program???: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Citation: PEREIRA, Mirelly Tavares Feitosa. Excesso de peso entre indígenas das etnias Mura e Munduruku do Amazonas. 2023. 127 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM), 2023.
???metadata.dc.rights???: Acesso Aberto
???metadata.dc.rights.uri???: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9663
Issue Date: 4-May-2023
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